Minha poética é transcender o tempo, por isso minhas figuras prescindem de vestimentas indicativa de contemporaneidades… encanta-me sinalizar o sagrado e capturar arquétipos.
Cheiro de Jardim ejeta a memória da infância… vejo-me deitada na relva no jardim da minha avó contemplando o céu azul e sentindo os odores das rosas selvagens que trepam muro acima.
Os jardins são muitos, de vários tamanhos e formatos, com árvores e flores comuns ou exóticas…os odores…cada um tem o seu encantamento.
Videira, árvore sagrada, cósmica, identificada como Árvore da Vida do paraíso, imagem do conhecimento. Do seu fruto produz-se o vinho, seu arquétipo encontra-se no mundo celeste, sangue de Cristo, oferenda no altar sagrado ou bebida dos deuses…céu e terra, essa percepção de dualidade percebida na embriaguez.
Dionísio sempre me alcança com seus mistérios com apenas um gole do seu líquido sagrado.
Albertina Prates
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